As Sociedades Clássicas da Antiguidade
Durante muitos anos definia-se a História a partir de uma premissa positivista que dizia: “História é o estudo do passado para se compreender o presente e transformar o futuro”.
As
Sociedades Clássicas da Antiguidade
Consideramos
o período clássico da antiguidade a época de emergência, apogeu e
declínio das duas principais sociedades do mundo ocidental, cujos
legados ainda estão presentes no mundo contemporâneo. Trata-se da
sociedade grega e do Império Romano, modelos de formações sociais
que dominaram o cenário europeu desde inícios do século II a.C ao
V d.C. Comecemos por explicar primeiramente os gregos.
A
Grécia antiga
A
sociedade grega originou-se a partir de processos migratórios de
populações nômades, de origem indo-europeia.
A
Ilha de Creta, onde uma antiga sociedade precedeu aos gregos e as
duas principais cidades-estados que se destacaram ao longo da
História do povo Heleno: Antenas e Esparta.
Classicamente,
os historiadores dividem a formação da sociedade grega nos
seguintes períodos:
1-
Pré-homérico (séculos XX-XII a.C):
⇒
Ilíada e Odisséia de Homero.
⇒
Comunidade gentílica – clãs.
⇒
Invasão dos Aqueus, Dórios, Eólios e Jônios.
⇒
Dissolução das comunidades gentílicas e a formação
das Cidades-Estados ou Polis.
⇒
Destaque para as Cidades-Estados: Atenas e Esparta.
⇒
Conquistas e expansão territorial dos gregos.
⇒
Supremacia da Cidade-Estado Atenas.
⇒
Ampliação das conquistas territoriais.
⇒
As Guerras Médicas (500-479 a.C.)
⇒
A Guerra do Peloponeso (431-404 a.C.)
⇒
Predomínio Macedônico: Alexandre Magno, O Grande.
Os Latinos
que deram origem a Roma, não eram um grupo étnico puro, mas
resultado de uma síntese em que os invasores indo-europeus
assimilaram os Mediterrânicos para dar origem a um novo povo.
Os
etruscos exerceram uma profunda influência sobre a nascente cidade
romana, seu espírito de expansão contribuiu para transformar a
aldeia romana em cidade. Foram responsáveis também pela primeira
forma de governo em Roma: a monarquia.
Período
marcado por uma economia baseada na agricultura e no pastoreio. A
sociedade, de caráter estamental e patriarcal, era formada por
patrícios, plebeus, clientes e escravos.
Formavam
a aristocracia, cidadãos romanos que eram grandes proprietários de
terras, gados e escravos. Tinham direitos políticos, podiam ter
funções no exército, na religião, na justiça e na administração.
Maioria
da população, eram imigrantes que vieram das primeiras conquistas
de Roma. Eram livres, dedicados ao comércio, artesanato e a
agricultura. Não eram considerados cidadãos de Roma, então não
poderiam participar de cargos públicos e nem da Assembleia Curial.
Suas famílias não eram legalmente reconhecidas
Alguns
eram estrangeiros e alguns plebeus que para sobreviver se associavam
aos patrícios. Eles lhe prestavam diversos serviços pessoais em
troca de ajuda econômica e proteção social.
Eram
os derrotados de guerras. Trabalham em serviços domésticos,
agricultura, capatazes, artesãos, professores, etc. Eram como
propriedade, seu Senhor tinha autonomia para castigá-los, vendê-los,
alugar seus serviços e decidir sobre sua vida ou sua morte.
Com
a deposição de Tarquínio último rei de origem etrusca, por volta
de 509 a.C., tem início a República romana. Tarquínio, o Soberbo,
foi deposto por uma rebelião liderada pela elite patrícia
senatorial, no seu lugar o Senado se tornou o órgão máximo da
República, estabelecendo-se em Roma uma nova estrutura
político-administrativa. No lugar do rei, os patrícios elegiam dois
líderes que tinham plena autoridade sobre os assuntos civis,
militares e religiosos por um ano. Eram eles:
⇒
Ganharam representação e participação política através dos
Tribunos da Plebe: tinham direito ao veto e eram considerados
invioláveis;
⇒
As Leis das XII Tábuas: primeira compilação de leis escritas em
Roma;
⇒
A Lei Canuléia: permitia o casamento entre patrícios e plebeus;
⇒
A Lei Licínia Sextia: aboliu a escravidão por dívidas e abriu a
possibilidade aos plebeus a participação no consulado.
Por
volta de 275 a. C., os romanos já haviam conquistado a península
Itálica, tornando-se imprescindível a conquista de outros
territórios fora da Itália.
Povos
Pré-Romanos na Península Itálica (Séculos X - VIII a.C.)
⇒
A grande quantidade de riqueza oriunda das conquistas (pilhagem).
⇒
A decadência do pequeno agricultor, impossibilitado de concorrer com
os grandes proprietários escravistas.
⇒
O crescimento do escravismo, transformando o modo de produção
romano.
⇒
O surgimento de novas classes sociais.
2-Homérico:
(séculos XII e VIII a.C)
3-Arcaico
(Séculos VII a VI a.C.)
4-Clássico:
(séculos V e IV a.C.):
5-Helenístico:
(séculos III e II a.C.)
Um
breve histórico dos principais períodos da Grécia:
Homérico:
É o espaço temporal onde as principais fontes de informações são
as obras de Homero; A Ilíada e a Odisséia. Trata-se dos mais
antigos documentos literários gregos (ocidentais) que chegaram aos
dias atuais
Período
Clássico
Época
de hegemonia e imperialismo do mundo grego. Destacam-se as principais
Cidades-Estados, Atenas e Esparta, as quais desenvolveram modelos
políticos e organização sociais bastantes distintas. Enquanto
Esparta tornou-se uma cidade altamente militarizada e oligárquica,
Atenas destacou-se pela primazia da Democracia aristocrática. É de
bom alvitre salientar que o conceito de Democracia entre os
atenienses não equivale ao que nós concebemos nos dias atuais,
pois, tanto as mulheres, como os escravos e os estrangeiros não
possuíam o direito de participar das decisões políticas na Polis.
Na Atenas antiga, os únicos indivíduos a possuírem plenos direitos
políticos eram os considerados cidadãos, ou seja, homens livres,
filhos de pais atenienses e membros da classe aristocrática. Eram
eles que se reuniam em Assembleia nos anfiteatros para decidirem os
rumos da política local.
Em
Atenas existiam basicamente três classes sociais: os cidadãos –
Eupátridas - que compunham a nobreza citadina; os metecos, que eram
artesãos e comerciantes estrangeiros e os escravos, os quais eram
geralmente prisioneiros de guerra e/ou filhos de pessoas
escravizadas. Em razão da vida ociosa levada pela classe nobre e da
ausência de guerras constantes, Atenas também se destacou, em seu
tempo, pelo desenvolvimento das artes e da cultura, caracterizando-se
por ser uma sociedade de esplendor intelectual.
Enquanto
o ócio, a reflexão e a valoração das artes faziam parte do
universo cultural dos atenienses, em Esparta a classe privilegiada
priorizava a formação de soldados corajosos, obedientes e bem
treinados. Alguns historiadores chegaram a afirmar que Esparta mais
parecia um acampamento militar que propriamente uma cidade-Estado com
vida social estável. Nessa cidade, com forte vocação para a
guerra, praticamente não havia mobilidade social entre os três
grupos existentes. Os esparciatas formavam a classe aristocrática, a
qual era composta pelos filhos dos patriarcas que se julgavam
fundadores da sociedade espartana.
Além
da classe nobre, em Esparta havia os periecos, que eram os habitantes
das partes periféricas da cidade e formavam o grupo menos
favorecidos e os hilotas, servos pertencentes ao Estado espartano.
Do
ponto de vista econômico, existiam algumas diferenças entre as duas
Cidades-Estados. Em Atenas, devido à existência de solos inférteis,
a agricultura não assumiu papel de destaque. Sua vocação para a
atividade econômica manufatureira fez dela um importante centro
comercial bastante desenvolvido, além do fácil acesso ao Mar Egeu,
o que facilitava a circulação de mercadorias por todo o
Mediterrâneo.
Já
a sua rival, Esparta, em virtude das dificuldades de acesso ao mar, o
comércio não logrou grande importância, sendo a agricultura a base
da economia dessa cidade devido à fertilidade dos solos das áreas
próximas ao rio Eurotas. Cultivava-se, sobretudo, a vinha e a
oliveira o que tornou aquela região grega o importante polo produtor
de vinho de boa qualidade e azeite de oliva puro.
O
Helenismo
O
período Helenístico corresponde à época entre a morte de
Alexandre, O Grande, em 323 a.C e à anexação da Península Grega e
suas Ilhas por Roma em 147 a.C. Tratou-se da consolidação de um
ideal de Alexandre que pretendia levar e difundir a cultura grega aos
territórios conquistados por ele.
Foi
uma época marcada pelo declínio do esplendor grego e a ascensão de
Roma, a qual viria mais tarde conquistar todo o Mediterrâneo.
Durante a fase de expansão alexandrina, foram fundadas várias
cidades que se tornaram centros de difusão da cultura helenística,
entre as quais podemos destacar Alexandria, considerada, na época,
uma dos mais importantes centros urbanos do mundo ocidental. Nessa
cidade, dentre outras maravilhas, encontrava-se a famosa biblioteca
que reunia praticamente todo o saber científico e filosófico da
época.
O
legado cultural grego
Os
gregos se destacaram pelas mais variadas contribuições culturais de
seu tempo. A filosofia foi um dos grandes expoentes do pensamento
helenístico. Também ampliaram significativamente os conhecimentos
nas áreas da matemática, da astrologia, da medicina, da literatura,
nas artes e nas belas projeções arquitetônicas. Mas foi
especialmente em três áreas que os gregos deixaram para a
posteridade os seus maiores legados. A adoção de procedimentos
racionais e a descoberta da dialética foram contribuições sem
precedentes. Os gregos também nos deixaram impressionantes obras no
ramo do teatro, além das famosas tragédias. Foram grandes
historiadores, tendo Heródoto como seu maior expoente e até hoje
considerado o pai da nossa disciplina. No aspecto político
destaca-se o aprimoramento das instituições representativas e as
formas de superação das crises políticas enfrentadas,
principalmente, em Atenas, capital da Democracia restrita.
Roma
Localização:
A sociedade Romana desenvolveu-se na península Itálica ou península
Apenina, região de solo fértil e de litoral pouco recortado.
Banhada pelos mares Mediterrâneo, Tirreno, Adriático e Jônio, essa
região era habitada por diferentes povos como os gauleses, etruscos,
latinos e gregos. Entretanto, Roma sofreu influência, sobretudo, dos
latinos em sua formação.
Povos
Pré-Romanos na Península Itálica (Séculos X - VIII a.C.)
Origens:Estrategicamente
fundada às margens do rio Tibre (Lácio), região a certa distância
da costa o que lhe garantia proteção contra os possíveis invasores
vindos do mar, Roma resultou da união de aldeias de agricultores
latinos e Sabinos que buscavam com essa união defender-se contra as
incursões constantes dos Etrucos.
Por
volta do século VIII a. C. (753 a. C.) surge a aldeia romana
iniciando-se a evolução dessa sociedade, marcada por grandes
conquistas. Roma viveu três grandes períodos: a Monarquia ou
Realeza, a República e o Império. Entretanto, a origem de Roma é
marcada por um conjunto de lendas criadas com o objetivo de
justificar a grandiosidade dos romanos. As passagens mais conhecidas
dessa “tradição lendária” foram:
⇒ a
disputa entre os irmãos gêmeos Rômulo e Remo, que foram
milagrosamente criados por uma loba, resultando na fundação de Roma
e mais tarde no estabelecimento da Monarquia.
⇒ a
lenda do ‘rapto das Sabinas’, união entre os latinos e sabinos
através do rapto das mulheres Sabinas, que mais tarde deram
origem a segunda geração romana de sangue misto, como já eram os
Latinos.
⇒ a
lenda da casta Lucréia que justifica a expulsão dos reis etruscos,
marcando o final do período monárquico romano.
Essas
lendas, juntamente com as pesquisas arqueológicas, contribuíram
para se compreender as origens e evolução de Roma.
Monarquia
ou Realeza (753 – 509 a.C.)
Durante
esse período, sete reis se sucederam, sendo 2 Latinos, 2 Sabinos e 3
Etruscos. O rei acumulava as funções religiosa, executiva,
judiciária e legislativa, nessa última seus poderes eram limitados,
tinham que passar pela aprovação do Senado ou Conselho dos Anciões.
O Senado era formado por cidadãos idosos (anciãos) que chefiavam as
maiores famílias do reino. Eles tinham a função de propor novas
leis e fiscalizar as ações dos reis.
Entretanto,
as leis após aprovação pelo Senado eram ratificadas pela
Assembleia (Cúria), formada pelos cidadãos em idade militar. A fase
final da Monarquia, segunda metade do século VII a. C., foi marcada
pelo domínio dos etruscos.
República
(509 – 27 a. C.)
CÔNSULES:
propunham leis, presidiam o Senado e as Assembleias.
As
divergências entre patrícios e plebeus levaram às lutas de classe.
Essa luta durou mais de um século até eles conseguirem privilégios
dentro de Roma. Entre eles:
Com
isso, a plebe conquistou, gradativamente, o direito a participação
em todas as magistraturas da República romana.
Expansão
Romana
Roma,
sentindo-se preparada para sua expansão, desafia o Império
cartaginês, uma poderosa ex-colônia fenícia estrategicamente bem
localizada (norte da África), que controlava o Mediterrâneo
ocidental, dando início ás Guerras Púnicas (264 – 146 a. C.). Os
romanos disputavam com Cartago o controle comercial do Mediterrâneo.
Cartago possuía muitas colônias na Córsega, Sardenha, Sicília e
Península Ibérica. Após batalhas violentas, os romanos derrotaram
Cartago e escravizando seus habitantes. Com o fim das Guerras
Púnicas, Roma inicia campanhas militares adquirindo o controle de
quase toda a península Ibérica, Gálias, parte da Germânia ,
Egito, Grécia e Oriente. Com o controle da orla Mediterrânea os
romanos passaram a chama-lo de mare nostrum (nosso mar).
A
sociedade romana sofreu grandes transformações durante as
conquistas. O estilo de vida romano passou a ser luxuoso, requintado
e exótico para alguns patrícios. Os fatores fundamentais para essas
mudanças sociais na sociedade romana foram:
Com
as mudanças promovidas pela expansão de Roma, muitos plebeus
empobreceram e viram-se obrigados a vender seus bens, abandonar os
campos, migrando para as cidades (êxodo rural). Essas mudanças
levaram a crise do sistema republicano.
Com
o objetivo de superar a crise que se instalou em Roma, principalmente
com relação aos pequenos proprietários ou agricultores, alguns
setores se mobilizaram em busca de reformas. Nesse contexto
destacaram-se, por sua ação, dois tribunos da plebe: Tibério e
Caio Graco.
Os
irmãos Graco, como ficaram conhecidos, vendo a situação em que
Roma se encontrava propuseram reformas. Entre elas a distribuição
das terras entre os camponeses plebeus pondo fim aos grandes
latifúndios e a Lei Frumentária, distribuição de trigo a preços
baixos.
Os
patrícios reagiram contra os irmãos Graco. Tibério e seus
seguidores forma assassinados e Caio Graco, temendo ter o mesmo fim
de seu irmão ao ser cercado em uma colina próxima a Roma, ordenou a
um escravo que o matasse.
Após
a conhecida Revolta dos Gracos, ocorreu a radicalização política
fazendo com que a República romana entrasse em crise. As disputas
entre os cidadãos de Roma pelo poder aumentou a instabilidade
política levando o Senado a eleger três líderes políticos: Júlio
César, Pompeu e Crasso. Eles formaram o I Triunvirato (governo de
três pessoas). Com a morte de Crasso em combate, na Pérsia (54
a.C.) e a derrota de Pompeu em 49 a.C., Júlio César tornou-se o
único governante de Roma até sua morte em 44 a.C. Logo
estabeleceu-se o II Triunvirato composto por Marco Antônio, amigo de
um dos fortes generais de Júlio César, Lépido e Otávio. Lutas
internas pelo poder levaram Otávio a declarar guerra a Marco Antônio
e seus aliados, o qual derrotou em 31 a.C.
Otávio
tornou-se o senhor de Roma, recebendo vários títulos, entre eles o
de “divino” (Augustus).
Império
(27 a.C. – 476 d.C.):
Com
as conquistas territoriais e o desenvolvimento acelerado do modo de
produção escravista, Roma alcançou a riqueza e a hegemonia do
mundo antigo. Primeiro Imperador de Roma, Otávio Augusto (27 a.C. –
14 a.C.) acabou com os conflitos internos, criou a Guarda Pretoriana,
cuja função era proteger o imperador e a capital do Império,
promovia a distribuição de trigo e a organização de espetáculos
públicos (Pão e Circo), fez magníficas obras públicas tornando
Roma a Cidade Eterna. Durante seu governo, nasceu Jesus Cristo,
fundador do cristianismo, nova religião que ganhou seguidores em
todo o império romano. Com a morte de Otávio Augusto em 14 d.C.,
Roma foi governada pelas dinastias: Júlio-Claudiana até 68 d.C.,
seguida pela dinastia Flaviana até 96 d.C. e pela dinastia dos
Antoninos até o ano de 192. O Alto Império foi marcado por diversas
dinastias a última a governar Roma foi a dos Severos.
Os
sucessores de Otávio Augusto não conseguiram manter as estruturas
de governo por ele implantadas contribuindo para a gradual
desestruturação do império. O descontrole político, a imoralidade
pessoal e também administrativa fez parte dos governos de Tibério,
Calígula e Nero. Este último perseguiu os cristãos que não o
cultuavam como deus e mandou incendiar Roma.
No
período caracterizado como Baixo Império alguns imperadores
tentaram controlar a crise, foram eles:
⇒ Constantino
(313 – 337) concedeu liberdade de culto aos cristãos, fundou
Constantinopla que seria, com o tempo, a segunda capital do Império.
⇒ Teodósio
(378 – 395) ficou conhecido pela oficialização do cristianismo e
a divisão do império em duas partes: Império Romano do Ocidente
(capital Roma) e Império Romano do Oriente (capital Constantinopla).
Vários
foram os fatores que contribuíram para a queda do império romano. O
declínio do número de escravos - crise do escravismo, queda da
produção nos latifúndios, altos impostos, crise do comércio, a
ruralização e a regionalização da economia, entre outros.
Entretanto, não podemos deixar de citar a grande presença de
bárbaros no Exército romano. Todos esses fatores conjuntamente com
as invasões bárbaras nos séculos IV e V, puseram fim ao Império
Romano.
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