Células Animal e Vegetal



A ideia de que os seres vivos eram formados por células só se estabeleceu definitivamente no século XIX. Dois biólogos alemães, Theodor Schwann e Mathias Schleiden, trabalhavam separadamente nessa época: Schleiden com células vegetais e Schwann com células animais. Reunindo o resultado de suas observações e de outros pesquisadores, eles chegaram à conclusão de que todos os seres vivos possuem células e que elas são a menor porção de matéria viva capaz de realizar as diversas funções que mantêm a vida em um organismo.
ANIMAL
Glicocalix
A primeira estrutura que encontramos, sem precisar penetrar na célula, é conhecida como glicocalix. Ele pode ser comparado a uma “malha de lã”, que protege a célula das agressões físicas e químicas do meio externo. Mas também mantém um microambiente adequado ao redor de cada célula, pois retêm nutrientes e enzimas importantes para a célula. O glicocalix é formado, basicamente, por carboidratos na forma de oligossacarídeos e está presente na maioria das células animais.

             Membrana Plasmática
Membrana plasmática é uma película finíssima e muito frágil composta, principalmente, por fósfolipídios e proteínas. Ela tem importantes funções na célula, e uma delas é isolar a célula do meio externo. Água, substâncias nutritivas e gás oxigênio são capazes de entrar com facilidade através da membrana, que permite a saída de gás carbônico e de resíduos produzidos dentro da célula. A membrana é capaz de atrair substâncias úteis e de dificultar a entrada de substâncias indesejáveis. Exercendo assim um rigoroso controle no trânsito através das fronteiras da célula.

Citoesqueleto
Citoesqueleto é complexa rede de finos tubos interligados. Estes tubos, que são formados por uma proteína chamada tubulina, estão continuamente se formando e se desfazendo. Outros componentes do citoesqueleto são fios formados por queratina, formando os chamados filamentos intermediários. Finalmente existem os chamados microfilamentos, formados por actina.
Suas funções são: organizar internamente, dar forma e realizar movimentos da célula.

Citoplasma
É a parte mais volumosa da célula. Ele é o espaço entre a membrana e o núcleo. Sua forma não é definida e é nele que se encontram bolsas, canais membranosos, organelas citoplasmáticas que desempenham funções específicas nas células e um fluido gelatinoso chamado Hialoplasma.

Hialoplasma
É no hialoplasma que ocorrem a maioria das reações químicas da célula e também o armazenamento de energia para a célula. Sua concentração no citoplasma varia entre o Ectoplasma e o Endoplasma.

Retículo Endoplasmático
Ele é um sistema de tubos e canais que pode-se distinguir em 2 tipos: rugoso e liso. Mesmo sendo de diferentes tipos eles estão interligados.

Aparelho de Golgi (ou complexo de Golgi)
O aparelho de Golgi (cujo nome é uma homenagem ao cientista que o descobriu, Camillo Golgi) é um conjunto de saquinhos membranosos achatados e empilhados como pratos. E estas pilhas, denominadas dictiossomos, se encontram no citoplasma perto do núcleo. O complexo é a estrutura responsável pelo armazenamento, transformação, empacotamento e “envio” de substâncias produzidas na célula. Portanto é o responsável pela exportação da célula. Este processo de eliminação de substâncias é chamado de secreção celular. Praticamente todas as células do corpo sintetizam e exportam uma grande quantidade de proteínas que atuam fora da célula.

Lisossomos
              As células possuem no citoplasma, dezenas de saquinhos cheios de enzimas capazes de digerir diversas substâncias orgânicas. Com origem no complexo de Golgi, os lisossomos existem em quase todas as células animais. As enzimas são produzidas no RER, depois são transferidas para o dictiossomo do complexo de Golgi. Lá, são identificadas e enviadas para uma região especial do complexo e, por fim, serão empacotadas e liberadas como lisossomos.
Eles são as organelas responsáveis pela digestão da célula (a chamada
Eles são as organelas responsáveis pela digestão da célula (a chamada digestão intracelular). Além disso, os lisossomos têm a função de ajudar no processo de autofagia, pois digerem partes celulares envelhecidas e desgastadas, de modo a reaproveitar as substâncias que as compõem.

          Mitocôndrias
Todas as atividades celulares consomem energia. Para sustentar as células são dotadas de verdadeiras usinas energéticas, as mitocôndrias.
As mitocôndrias são pequenos bastonetes membranosos (lipoproteica) que flutuam dentro do citoplasma. Dentro delas existem uma complexa maquinaria química, capaz de liberar a energia contida nos alimentos que a célula absorve. Isso acontece da seguinte forma: as substâncias nutritivas penetram nas mitocôndrias, onde reagem com o gás oxigênio, em um processo comparável à queima de um combustível. Essa reação recebe o nome de respiração celular. A partir daí é produzido energia em forma de ATP. Nos espermatozoides, as mitocôndrias situadas na região intermediária são as "centrais de energia" para a intensa atividade motora dos flagelos.


Núcleo
Núcleo, o cérebro da célula. É ele que possui todas as informações genéticas, comanda e gerencia toda a célula. Dentro dele, está localizado um ácido chamado DNA (ácido desoxirribonucleico). Este, formado por uma dupla hélice de nucleotídeos (formado por uma molécula de açúcar ligada a uma molécula de ácido fosfórico e uma base nitrogenada). O DNA é responsável por toda e qualquer característica do ser vivo. É ele que manda fazer as proteínas, determina a forma da célula etc.
O núcleo é composto por uma carioteca, cromatina e nucléolos. A carioteca é um tipo de membrana plasmática composta por duas membranas lipoproteicas. Essa membrana possui vários poros em sua superfície. Esses são compostos por uma complexa estrutura proteica que funciona como uma válvula que escolhe que substância deve entrar e qual deve sair.
A cromatina é um conjunto de fios formados por uma longa molécula de DNA associada a moléculas de histonas chamados de cromossomos. É a onde parte das informações estão guardadas. Por último, o nucléolo é um corpo redondo e denso, constituído por proteínas, RNA e um pouco de DNA. É dentro dele que se formam os ribossomos, presentes em toda a célula.

VEGETAL

Parede Celular
A parede celular é um componente exclusivo da célula vegetal. Ela é uma feita a partir de longas e resistentes microfibrilas da celulose. Estas ficam juntas por meio de uma matriz feita de glicoproteínas (proteínas ligadas a açúcares), hemicelulose e pectina (polissacarídios).
A membrana esquelética celulósica (parede celular) é formada por duas paredes: a primária e a secundária. A primeira é presente nas células mais jovens, sendo finas e flexíveis (possibilitando o crescimento da célula). A segunda só é formada após o término do crescimento da célula. Esta, mais espessa e rígida, é secretada através da membrana plasmática depositando-se entre esta e a superfície interna da parede primária.
As células vegetais possuem uma parede espessa, constituída de celulose, que lhe confere maior resistência, quando em estado de turgência.
a) Flácida: Quando a célula está em equilíbrio com o meio.
b) Plasmolisada: célula que perdeu água para um meio hipertônico. Através de processo osmótico.
c) Desplasmolisada: célula reidratada por osmose, quando colocada em meio hipotônico.
d) Turgida: quando a célula apresenta-se inchada, pela entrada de através do processo osmótico.
e) Murcha: Célula desidratada.
Nas células animais, por não possuírem uma parede celulósica, quando em meio hipertônico, ela pode não suportar a pressão e romper, ou seja, sofrer lise celular.
 Microvilosidades: aumentam a superfície de contato e a absorção de substância. Ex.: células intestinais.
 Desmossomos: Aumentam a adesão entre células.
 Interdigitações: reentrâncias que também aumentam a adesão entre células

Vacúolos
Estrutura derivada do retículo endoplasmático liso que pode conter líquidos e pigmentos, além de diversas outras substâncias.
São grandes cavidades encontradas no interior das células vegetais e separadas do citoplasma por uma membrana lipoproteica denominada tonoplasto. O interior do vacúolo é preenchido pelo suco vacuolar ou suco celular (solução de várias substâncias)
É responsável pelo crescimento da célula e regular a pressão osmótica da célula

Plastos (Plastídios)
São os cloroplastos, dotados de clorofila e relacionados com uma função importante: a fotossíntese.


A última característica que diferencia as duas células é a ausência de centríolos na célula vegetal.

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