Dopping
Também
chamado de “dopagem” é a administração ilícita de uma droga
estimulante ou estupefaciente com vistas a suprimir temporariamente a
fadiga, aumentar ou diminuir a velocidade, melhorar ou piorar a
atuação de um animal ou esportista.
A
comissão médica do comitê olímpico internacional instituiu,
durante os jogos olímpicos do México (1968) a aplicação de testes
anti-dopagem sistemáticos, decidindo que seriam excluídos dos jogos
os atletas comprovadamente dopados.
Nos
últimos anos, com os atletas sendo patrocinados pôr grandes
empresas, alguns mestres das diversas modalidades, visando interesses
empresariais na divulgação de sua arte marcial, e também com o
advento das competições de “free style” , ocorreu uma
profissionalização equivocada dos profissionais envolvidos com as
artes marciais, bem como seus atletas. Difícil dizer-se da
ignorância ou má fé dessas pessoas. O fato é que, cada vez mais,
os atletas de diversas modalidades têm se valido de meios ilícitos
para auferir vantagens nas diversas competições, e assim atendendo
interesses de forma escusa.
Cabe
ressaltar que essas substâncias são consideradas dopantes, de forma
qualitativa
e
não quantitativa,
ou seja, não se considera a quantidade, mas sim o que aparece, mesmo
porque os métodos laboratoriais de detecção não chegam a um
resultado 100% conclusivo para se determinar a razão do uso do
medicamento- tratamento ou dopagem.
Agruparemos
as substâncias dopantes em 5 grupos principais:
-
ESTIMULANTES PSICOMOTORES: a anfetamina, a cocaína, os moderadores de apetite;
-
AMINAS SIMPATICOMIMÉTICOS: estimulam o sistema nervoso central, como vasoconstritores nasais que tem efedrina;
-
OUTROS ESTIMULANTES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL: a cafeína, a aminoflina;
-
ANALGÉSICOS-NARCÓTICOS: a codeína, a morfina, a heroína, etc...;
-
ESTERoIDES ANABÓLICOS: os hormônios masculinos.
Com
exceção dos esteróides, os efeitos dos outros grupos
assemelham-se:
As
afetaminas (que são bolinhas) são estimulantes do SNC.
Infelizmente, ainda são muito usadas e provocam a elevação da
pressão arterial, a frequência cardíaca, do atleta, diminuem,
diminui o medo e acelera o metabolismo das células. Doses pequenas
já produzem esses efeitos depois de 30 minutos. Efeitos colaterais
não faltam: tonturas, dores de cabeça, insônia, mal estar, cansaço
fácil e, principalmente a dependência da droga, que quase sempre
evolui para drogas mais potentes e mais perigosas. Muitas vezes os
efeitos são mais psicológicos do que fisiológicos.
O
uso de estreardes anabólicos-adrogenicos pelos atletas em todo o
mundo vem se tornando cada vez mais frequentes, apesar de todas as
recomendações médicas em contrário e do vigor das leis de
controle de dopagem.
Essas
substâncias são derivadas da testosterona, um hormônio sexual
masculino que é fabricado pelos testículos. No homem, é produzido
durante a vida inteira, mas principalmente por volta dos 11 e 13
anos, tendo como funções principais: a decida dos testículos para
dentro dos escrotos, o crescimento dos testículos e do pênis, a
distribuição dos pelos, participação no crescimento ósseo,
desenvolvimento da musculatura após a puberdade. Daí a definição
de esteroides anabólicos(crescimento e desenvolvimento) e
androgênicos(caracteres sexuais masculinos).
Entretanto,
os atletas no desespero de melhora rápida da massa e da força, e na
incessante luta por melhorar seus recordes, acabam por usar doses
elevadas, algumas vezes com exagero sem sentido. Em certos casos, as
doses são tão altas que os músculos acabam ficando refratários a
qualquer hipertrofia.
As
modalidades que mais tem utilizado desse método são o
halterofilismo,
lutas, remo,
atletismo e
ciclismo.
No
homem, os efeitos secundários são:
-
Aumento das lesões traumatológicas dos tendões e dos ligamentos, porque o desenvolvimento dos músculos não é acompanhado do desenvolvimento dessas estruturas;
-
Diminuição da estatura;
-
Lesões do fígado, como hepatite e câncer;
-
Redução do tamanho dos testículos, redução na produção dos espermatozoides e lesões graves da próstata.
- Retenção de líquido, favorecendo estado de hipertensão arterial e com isso as chances de derrame.
Na mulher, o uso é muito perigoso, principalmente antes e durante a puberdade. Produz parada de crescimento, aspecto masculino, engrossamento da voz, aumento da distribuição dos pelos e aumento do clitóris.
A reversibilidade de qualquer desses efeitos negativos depende da quantidade usada, do tempo de uso, de características metabólicas individuais e da extensão das lesões.
Obs: O uso de esteroides anabolizantes sem a ingestão adequada de aminoácidos essenciais não produz hipertrofia muscular.
Obs: O uso de esteroides anabolizantes sem a ingestão adequada de aminoácidos essenciais não produz hipertrofia muscular.
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