Independência do Brasil


A chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil em 1808 foi episódio de grande importância para que possamos iniciar as justificativas da nossa independência. Ao pisar em solo brasileiro, Dom João VI tratou de cumprir os acordos firmados com a Inglaterra, que se comprometera em defender Portugal das tropas de Napoleão e escoltar a Corte Portuguesa ao litoral brasileiro. Por isso, mesmo antes de chegar à capital da colônia, o rei português realizou a abertura dos portos brasileiros às demais nações do mundo “amigas”. Um dos primeiros passos para a independência. Além disso, transferiu a capital do Brasil de Salvador para o Rio de Janeiro.
Essas e outras medidas de modernizar o Brasil, tomadas até o ano de 1815, alimentaram um movimento de mudanças por parte das elites lusitanas, que se viam abandonada por sua antiga autoridade política. Foi nesse contexto que uma revolução constitucionalista tomou conta dos quadros políticos portugueses em agosto de 1820. A Revolução Liberal do Porto tinha como objetivo reestruturar a soberania política portuguesa por meio de uma reforma liberal que limitaria os poderes do rei e reconduziria o Brasil à condição de colônia. Os revolucionários lusitanos formaram uma espécie de Assembleia Nacional que ganhou o nome de “Cortes”. Nas Cortes, as principais figuras políticas lusitanas exigiam que o rei Dom João VI retornasse à terra natal para que legitimasse as transformações políticas em andamento. Temendo perder sua autoridade real, D. João saiu do Brasil em 1821 e nomeou seu filho, Dom Pedro I, como príncipe regente do Brasil.

A medida ainda foi acompanhada pelo rombo dos cofres brasileiros, o que deixou a nação em péssimas condições financeiras. Em meio às conturbações políticas que se viam contrárias às intenções políticas dos lusitanos, Dom Pedro I tratou de tomar medidas em favor da população. Mediante as claras intenções de Dom Pedro, as Cortes exigiram que o príncipe retornasse para Portugal.  D. Pedro não acatou as determinações feitas pela Coroa Portuguesa que exigia seu retorno para Portugal. A ameaça vinda de Portugal despertou a elite econômica brasileira para o risco que as benesses econômicas conquistadas ao longo do período joanino corriam, então, começaram a apoiar o movimento de Independência. No final de 1821, quando as pressões das Cortes atingiram sua força máxima, os defensores da independência organizaram um grande abaixo-assinado requerendo a permanência de Dom Pedro no Brasil. Em 9 de janeiro de 1822, D. Pedro negou ao chamado e afirmou que ficaria no Brasil, evento conhecido como “Dia do Fico”.
Em setembro de 1822, a assembleia lusitana enviou um novo documento para o Brasil exigindo o retorno do príncipe para Portugal sob a ameaça de invasão militar. Cinco dias antes de Dom Pedro I decretar a independência do Brasil com seu famoso grito, Maria Leopoldina já havia assim feito, após ter tomado ciência do documento, enquanto ele estava em uma viagem para São Paulo, deixando o poder em sua mão. Enquanto D. Pedro estava em São Paulo tentando apaziguar o clima separatista, a Princesa Regente não perdeu tempo e junto com o Ministro das Relações Exteriores, José Bonifácio e decidiu pela separação entre Brasil e Portugal e a independência foi proclamada em documento assinado no dia 2 de setembro de 1822. Um mensageiro fora mandado para São Paulo para informar D. Pedro, que o encontrara no caminho. Após receber a notícia, no alto de uma colina próximo ao lago Ipiranga, grita a famosa frase ‘’Independência ou morte!’’.
Fora também, Princesa Leopoldina quem dera a ideia da bandeira do Império, com o verde da família Bragança e o amarelo da família Habsburgo.
Logo após a Independência, o Brasil passou a ser uma monarquia. Em algumas regiões do Brasil, principalmente no Nordeste, ocorreram revoltas, comandadas por portugueses, contrárias à independência do Brasil.
A primeira nação que reconheceu a independência do Brasil foi os Estados Unidos. Portugal apenas admitiu a independência em 1825, após o pagamento de uma indenização de aproximadamente dois milhões de libras esterlinas.

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