Literatura: Principais Autores do Realismo Brasileiro


Artur Azevedo
Irmão mais velho de Aluísio de Azevedo, também escritor, Artur Azevedo era jornalista, dramaturgo, poeta e contista. Escreveu diversos poemas satíricos sobre as pessoas de São Luís, o que lhe custou seu emprego. Grande defensor da abolição da escravatura, publicava em artigos de jornais e cenas de revistas os seus ideais, proibidos na época. Suas peças principais eram O Liberato e A família Salazar. Esta última, proibida pela censura imperial, foi escrita em colaboração com Urbano Duarte, e publicada mais tarde com o título O Escravocrata.

Aluísio de Azevedo
Aluísio de Azevedo seguiu, primeiramente, uma linha romântica – com intuito apenas de vender para poder pagar suas contas. Em sua fase Realista-naturalista, procurava publicar suas obras com representações dos problemas do Brasil em evidência.
Sua obra, O Mulato, publicada em 1881 é considerada a marca do Naturalismo no Brasil, embora o romance também seja enquadrado no movimento Realismo.
Publicou, ainda, O Cortiço, em 1890, obra que, da mesma forma, também é considerada realista.


Machado de Assis
Marcado por temas sociais, críticas à burguesia e profunda análise psicológica dos personagens, sua prosa é dividida em dois momentos.
Uma fase com a presença de características românticas, e outra marcadamente realista.


Os romances e contos anteriores à década de 1880 revelam influências românticas, assim como Ressurreição (1872), seu primeiro conto, A mão e a luva (1874), Helena (1876), Iaiá Garcia (1878), Contos Fluminenses (1870) e Histórias da meia-noite (1873).

Machado revela-se mais maduro a partir da publicação de Memórias póstumas de Brás Cubas (1881), narrado em primeira pessoa por um "defunto-autor"; essa marca a segunda etapa de sua produção. O escritor desenvolve uma ironia feroz, retrata um humor velado e amargo em relação àquilo que retrata.
Nessa nova fase incluem-se os romances Quincas Borba (1891), narrado em terceira pessoa, Dom Casmurro ( 1899), Esaú e Jacó (1904) e Memorial de Aires (1908). Entre seus inúmeros contos estão: “O alienista”, “A cartomante”, “Missa do galo”, “Uns braços”, “O espelho”, “Cantiga de esponsais”, “Teoria do medalhão”, “A causa secreta”, esta última narra o prazer mórbido que sente Fortunato, uma personagem, ao presenciar o sofrimento alheio.


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