Principais Ameaças à Atmosfera



Atualmente, as principais ameaças à atmosfera são o efeito estufa, o buraco na camada de ozônio, a desertificação, a extinção de espécies, o acúmulo de lixo e a poluição. Entretanto, é muito importante notarmos que todos esses itens ameaçadores estão correlacionados, de forma que o agravamento em um deles provocará consequências em todos os outros.
A poluição do ar é causada pela presença de partículas sólidas em suspensão e de gases tóxicos, como o dióxido de carbono, monóxido de carbono, dióxido de enxofre, óxidos de nitrogênio, etc. A poluição atmosférica forma sobre as cidades uma espécie de neblina, denominada smog, que torna o ar mais escuro e limita a visão do horizonte. O ar poluído penetra nos pulmões e causa ou agrava várias doenças, em especial do sistema respiratório, como a bronquite crônica, a asma e até o câncer pulmonar. As cidades brasileiras muito poluídas apresentam temperaturas cada vez mais elevadas e sempre superiores às das áreas vizinhas (Ilha de calor).
Os efeitos da poluição atmosférica são ainda agravados com as inversões térmicas, ou seja, períodos em que o ar fica estagnado sobre um local, sem a formação de ventos ou correntes ascendentes na atmosfera. Sabe-se que o ar é tanto mais frio quanto maior a altitude; esse fato dá origem a correntes ascendentes na atmosfera, pois o ar mais quente é mais leve. Mas quando ocorre uma inversão térmica verifica-se o inverso: o ar mais quente permanece acima do ar mais frio, impedindo-o de subir. O ar frio fica então estagnado e carregado de poluentes.


Efeito Estufa: incremento na temperatura global, causado pelo acúmulo de certos gases ricos em carbono na atmosfera, principalmente metano, gás carbônico e CFC. O gás carbônico, apesar de ser necessário no processo de fotossíntese, torna-se tóxico em elevadas concentrações. Como principais fatores causadores da elevação do gás carbônico na atmosfera, podemos citar: queimadas (das matas e de combustíveis fósseis), e o lançamento de partículas sólidas na atmosfera, por atividade vulcânica e por queima de carvão (aerossóis). O efeito estufa deixa penetrar a luz e não deixa sair o calor, provocando o aquecimento da atmosfera, é um processo natural da Terra, porém, em excesso causa a elevação da temperatura, o derretimento das calotas polar e, consequentemente, a elevação do mar, além das modificações nas correntes marítimas que poderiam congelar parte do oceano que tinha correntes quentes, por meio do processo de convecção, além do processo de acidificação da água oceânica, o que poderia acarretar a dissolução da carapaça calcária de diversas espécies de algas do fitoplâncton e o esqueleto calcário dos animais que constroem recifes de corais. A pecuária bovina é uma atividade que resulta em grande emissão de gases estufa em razão dos processos envolvidos como desmatamento e queimadas, além da formação de gases no sistema digestivo do gado que emite metano para a atmosfera. Deve-se ressaltar que o principal componente do Efeito Estufa natural é o vapor d'água.

Buraco na Camada de Ozônio: A camada de ozônio funciona como um escudo em torno do nosso planeta , pois impede que radiações nocivas cheguem até ele. O buraco nesta camada foi descoberto em 1970 e , entre as causas principais, estão o CFC ( clorofluorcarbonos ) e os óxidos de nitrogênio liberados na queima de combustíveis fósseis. Essa destruição na camada de ozônio ocasionará, entre outras coisas, uma mudança do clima. Outro fator diretamente envolvido na mudança climática é certamente o desmatamento.

Desertificação: Processo de transformação de uma região em deserto. Há uma relação direta entre desmatamento, desertificação e regime de chuvas de uma região. Com o desmatamento, são removidos do solo os vegetais. Quando existe vegetação, parte da água das chuvas fica retida no solo, enquanto o restante escorre pela superfície ou se evapora, voltando para a atmosfera. Uma parcela da água retida no solo é absorvida pelos vegetais e depois volta a atmosfera pela transpiração. Toda essa água em forma de vapor que volta para a atmosfera sofre condensação formando as nuvens, responsáveis pelas chuvas. Na ausência dos vegetais, o solo fica exposto aos raios solares e se aquece, causando a evaporação de água. Assim, a água das camadas mais profundas vem à superfície, trazendo consigo sais de ferro, entre outros, os quais tornam o mesmo impermeável a água das chuvas, contribuindo para a desertificação.

Chuvas ácidas: Existe correlação direta entre poluição e chuvas ácidas. Com a queima de combustíveis fósseis (petróleo e carvão mineral), ocorre a liberação de diversos gases na atmosfera, entre eles, óxidos de nitrogênio e enxofre. Os primeiros, em contato com a água das chuvas, formam o ácido nítrico. Por sua vez, os compostos de enxofre formam o ácido sulfúrico, quando combinados com água. As chuvas ácidas contribuem para a destruição de florestas, contaminam águas de lagos causando decréscimo da flora e fauna local, poluem os solos (causam a liberação de alumínio, chumbo e cádmio, os quais são absorvidos pelos vegetais que, ao serem consumidos por outros organismos, são tóxicos), agravam problemas de saúde das vias respiratórias. A chuva ácida não se restringe somente no local poluído. Elas ocorrem também em regiões distantes, pois os ventos podem carregar as nuvens poluídas para longe.

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