Sociologia
A Europa no século XVIII assistiu a uma série de mudanças no cenário político, econômico e social. Podemos destacar, o Iluminismo, as Revoluções burguesas e principalmente a Revolução Industrial. Esses acontecimentos proporcionaram a criação de um cenário de instabilidade e contradição: aumento da produção, investimento em tecnologia, consolidação do processo de industrialização, ascensão política da burguesia, êxodo rural e conseqüente processo de urbanização, o aparecimento do proletariado e de sua consciência de classe, surgimento de um grande número de desempregados, miséria e injustiças sociais.
É neste cenário, que surge a necessidade de formatar uma ciência capaz de interpretar e compreender os problemas da sociedade urbano-industrial, capaz de explicar essa nova ordem social, política e econômica.
A Sociologia surge então com um arcabouço teórico, com um método específico e com um objeto de estudos definido. Podemos, pois definir a Sociologia como uma ciência que estuda os fenômenos sociais, procurando refletir sobre eles e tentando explicá-los, através de certos conceitos, técnicas e métodos.
AS TEORIAS SOCIOLÓGICAS NA COMPREENSÃO DO PRESENTE
Auguste
Comte
Vamos
começar por Auguste Comte, pois foi ele quem criou o termo
“sociologia” a partir da organização do curso de Filosofia
Positiva em 1839.
O
que desejava Comte com esse curso? Ele pretendia fazer uma síntese
da produção científica, ou seja, verificar aquilo que havia sido
acumulado em termos de conhecimento bem como os métodos das ciências
já existentes, como os da Matemática, da Física e da Biologia. Ele
queria saber se os métodos utilizados nessas ciências, os quais já
haviam alcançado um “status” de positivo, poderiam ser
utilizados na física social, denominada, por ele de Sociologia.
Este
pensador era de uma linha positivista, o que quer dizer que
acreditava na superioridade da ciência e no seu poder de explicação
dos fenômenos de maneira desprendida da religiosidade, como era
comum se pensar naquela época. E tem mais... Como positivista ele
acreditava que a ciência deveria ser utilizada para organizar a
ordem social. Na visão dele, naquela época, a sociedade estava em
desordem, orientada pelo caos. Devemos considerar que Comte
vislumbrava o mundo moderno que surgia, isto é, um mundo cada vez
mais influenciado pela ciência e pela consolidação da indústria,
e a crise gerada por uma certa anarquia moral e política quando da
transição do sistema feudal (baseado nas atividades agrárias, na
hierarquia, no patriarcalismo) para o sistema capitalista (baseado na
indústria, no comércio, na urbanização, na exploração do
trabalhador). Era essa positividade (instaurar a disciplina e a
ordem) que ele queria para a Sociologia. muitos o fundador dessa ciência. A teoria sociológica de Comte está diretamente relacionada a dois princípios: a lei dos três estados e a perspectiva dos progressos através da manutenção da ordem. Para este, o conhecimento está sujeito a passar por três estados distintos. O primeiro estado é o teológico, em que o pensamento sobre o mundo é dominado pelas considerações do sobrenatural, religião e Deus; o segundo estado é o metafísico, em que o pensamento filosófico é primordial além do conhecimento da matemática e da lógica; e o terceiro estado é o positivo, em que a ciência, ou a observação cuidadosa dos fatos empíricos tornam-se modos dominantes. A sociedade como um todo também pode ser enquadrada nestes postulados. É importante ressaltar que para Comte este processo evolutivo só será possível naquela sociedade em que a ordem (em todos os seus aspectos) for mantida.
Assim
sendo quando Comte pensava a Sociologia, era como se fosse uma
“criança” sendo gestada, na qual colocava toda sua crença de
que poderia estudar e entender os problemas sociais que surgiam e
reestabelecer a ordem social e o progresso da civilização moderna.
Ele queria que a Sociologia estudasse de forma aprofundada os
movimentos das sociedades no passado para se entender o presente e,
inclusive, para imaginar o futuro da sociedade.
Comte
via a consolidação do sistema capitalista como sendo algo
necessário ao desenvolvimento das sociedades. Esse novo sistema, bem
como o abandono da teologia para explicação do mundo seriam parte
do progresso das civilizações. Já, os problemas sociais ou
desordens que surgiam eram considerados obstáculos que deveriam ser
resolvidos para que o curso do progresso pudesse continuar.
Portanto,
a Sociologia se colocaria, na visão deste autor, como uma ciência
para solucionar a crise das sociedades daquela época. Mas Comte não
chegou a viabilizar a sua aplicação. Seu trabalho apenas iniciou
uma discussão que deveria ser continuada, a fim de que a Sociologia
viesse a alcançar um estágio de maturidade e aplicabilidade.
Émile
Durkheim
Continuando
o trabalho iniciado por Comte, o de fazer da Sociologia uma ciência,
numa visão positiva, surge nessa história o sociólogo francês
Émile Durkheim. Dar à Sociologia uma reputação científica foi o
seu principal trabalho. O pensamento funcionalista esta relacionado ao pensador francês Émille Durkheim (1858-1917), de acordo com os relatos foi o primeiro intelectual a introjetar a Sociologia como disciplina acadêmica, para ele cada indivíduo exerce uma função específica na sociedade e sua mal execução significa um desregramento da própria sociedade.
É
a partir desse pensador que a Sociologia ganha um formato mais
“técnico”, sabendo o que e como ela iria buscar na sociedade.
Com métodos próprios, a Sociologia deixou de ser apenas uma ideia e
ganhou “status” de ciência.
Durkheim
presenciou algumas das mais importantes criações da sociedade
moderna, como a invenção da eletricidade, do cinema, dos carros de
passeio, entre outros. No seu tempo, havia um certo otimismo causado
por essas invenções, mas Durkheim também percebia entraves nessa
sociedade moderna: eram os problemas de ordem social. E uma das
primeiras coisas que ele fez foi propor regras de observação e de
procedimentos de investigação que fizessem com que a Sociologia
fosse capaz de estudar os acontecimentos sociais de maneira
semelhante ao que faz a Biologia quando olha para uma célula, por
exemplo.
Falando
em Biologia nota-se que o seu objeto de estudo é a vida em toda a
sua diversidade de manifestações. As pesquisas dos fenômenos da
natureza feitas pela Biologia são resultantes de várias observações
e experimentações, manipuláveis ou não.
Já
para a Sociologia, manipular os acontecimentos sociais, ou
repeti-los, é muito difícil. Por exemplo, como poderíamos
reproduzir uma festa ou um movimento de greve “em laboratório” e
sempre de igual modo? Seria impossível.
Os
fatos sociais
Mas
Durkheim acreditava que os acontecimentos sociais – como os crimes,
os suícidios, a família, a escola, as leis – poderiam ser
observados como coisas (objetos), pois assim, seria mais fácil de
estudá-los. Ele propôs algumas das regras que identificam que tipo
de fenômeno poderia ser estudado pela Sociologia. A esses fenômenos
que poderiam ser estudados por uma ciência da sociedade ele
denominou de fatos sociais.
E
as características dos fatos sociais são:
Coletivo
ou geral – significa que o fenômeno é comum a todos os membros de
um grupo;
Exterior
ao indivíduo – ele acontece independente da vontade individual;
Coercitivo
– os indivíduos são “obrigados” a seguir o comportamento
estabelecido pelo grupo.
Para
Durkheim, a sociedade só pode ser entendida pela própria sociedade.
As ações das pessoas não acontecem por acaso. A sociedade as
influencia.
O
Suicídio = Fato Social
Durkheim
utilizou sua teoria para explicar, por exemplo, o suicídio.
O
que aparentemente seria um ato individual, para ele, estava ligado
com aquilo que ocorria na sociedade. Esse pensador compreende a
sociedade como um corpo organizado. Assim como a Biologia que
compreende o corpo humano e todas suas partes em pleno funcionamento.
É
de maneira semelhante que Durkheim entende a sociedade: com suas
partes em operação e cumprindo suas funções. E, caso a família,
a igreja, o Estado, a escola, o trabalho, os partidos políticos,
etc., que são elementos da sociedade com funções específicas,
venham a falhar no cumprimento delas, surge no corpo da sociedade
aquilo que Durkheim chamou de anomia, ou seja, uma patologia. Assim,
como no corpo humano, se algo não funcionar bem, em “ordem”,
significa que está doente.
A
propósito desse tema, Durkheim verificou que existem três
categorias de suicídios. Analise-os:
Suicídio
Altruísta: ocorre
quando um indivíduo valoriza a sociedade mais do que a ele mesmo, ou
seja, os laços que o unem à sociedade são muito fortes. Para
Durkheim, os agentes dessa aparente “loucura” poderiam ser
classificados como suicidas altruístas, pois se identificavam de tal
forma como o grupo ao qual pertencem, que se dispuseram a morrer por
ele.
Suicídio
Egoísta:
se alguém se desvinculasse das instituições sociais (família,
igreja, escola, partido político, etc.) por conta própria, para
viver de maneira livre, sem regras. Segundo Durkheim, a falta de
redes de convívio ou limites para a ação poderia levar a pessoa a
desejar ilimitadas coisas. Mas caso tal pessoa não consiga realizar
os seus desejos, a frustração poderia levá-la a um suicídio.
Suicídio
Anômico:
este tipo pode acontecer quando as partes do corpo social deixam de
funcionar e as normas ou laços que poderiam “abraçar”(solidarizar)
os indivíduos perdem sua eficácia, deixando-os viver de forma
desregrada ou em crise.
O
mundo moderno para Durkheim
A
humanidade, para esse autor, está em constante evolução, o que
seria caracterizado pelo aumento dos papéis sociais ou funções.
Por exemplo, para Durkheim, existem sociedades que organizam-se sob a
forma de um tipo de solidariedade denominada mecânica e outras
sociedades organizam-se sob a forma de solidariedade orgânica. À medida que as sociedades se tornam complexas e heterogêneas a natureza de símbolos culturais, ou o que Durkheim denominou de consciência coletiva muda. Em sociedades simples, todos os indivíduos têm uma consciência coletiva comum que regula seus pensamentos e ações, ao passo que em sociedades mais complexas a consciência coletiva deve também mudar se a sociedade deve manter-se integrada.
As
sociedades organizadas sob a forma de solidariedade mecânica seriam
aquelas nas quais existiriam poucos papéis sociais. Segundo
Durkheim, nessas sociedades, os membros viveriam de maneira
semelhante e, geralmente, ligados por crenças e sentimentos comuns,
o que ele chama de consciência coletiva. Neste tipo de sociedade
existiria pouco espaço para individualidades, pois qualquer
tentativa de atitude “individualista” seria percebida e corrigida
pelos demais membros.
Diferentemente
das sociedades organizadas em solidariedade mecânica, nas sociedades
de solidariedade orgânica – típicas do mundo moderno - existem
muitos papéis sociais. Durkheim acreditava que mesmo com uma grande
divisão e variedade de atividades, todas elas deveriam cooperar
entre si. Por isso, deu o nome de orgânica (como se fosse um
organismo).
Mas,
nessas sociedades, diante da existência de inúmeros papéis
sociais, diminui o grau de controle da sociedade sobre cada pessoa. A
individualidade, sob menor controle, passa a ser uma porta para que a
pessoa pretenda aumentar, ainda mais, o seu raio de ação ou de
posições dentro da sociedade.
Uma
das maiores expressões da anomia no mundo moderno, segundo Durkheim,
seria esta: o egoísmo das pessoas. E a causa desta atitude seria a
fragilidade das normas e controles sobre a individualidade, normas e
controles que nas sociedades de solidariedade mecânica funcionam com
maior eficácia. Qual seria, então, a solução para o mundo
moderno, segundo Durkheim?
Já
que ele compara a sociedade com um corpo, deve haver algo nela que
não está cumprindo sua função e gerando a patologia (a anomia, a
doença). O corpo precisa de diagnóstico e remédio. Segundo ele, a
Sociologia teria esse papel, ou seja, o de encontrar as “partes”
da sociedade que estão produzindo fatos sociais patológicos e
apontar para a solução do problema.
Max
Weber
O
pensamento do sociólogo que estudaremos a seguir vai em direção
diferente ao que vimos até agora. Max Weber, ao contrário de
Durkheim e Comte, acreditou na possibilidade da interpretação da
sociedade partindo não dos fatos sociais já consolidados e suas
características externas (leis, instituições, normas, regras,
etc). Propôs começar pelo indivíduo que nela vive, ou melhor, pela
verificação das “intenções”, “motivações”, “valores”
e “expectativas” que orientam as ações do indivíduo na
sociedade. Sua proposta é a de que os indivíduos podem conviver,
relacionar-se e até mesmo constituir juntos algumas instituições
(como a família, a igreja, a justiça), exatamente porque quando
agem eles o fazem partilhando, comungando uma pauta bem parecida de
valores, motivações e expectativas quanto aos objetivos e
resultados de suas ações. E mais, seriam as ações recíprocas
(repetidas e “combinadas”) dos indivíduos que permitiriam a
constituição daquelas formas duráveis (Estado, Igreja, casamento,
etc.) de organização social.
Weber
desenvolve a teoria da Sociologia Compreensiva, ou seja, uma teoria
que vai entender a sociedade a partir da compreensão dos ‘motivos’
visados subjetivamente pelas ações dos indivíduos.
Cada sociedade para Weber possui sua especificidade e Importância. Mas o ponto de partida de seus estudos estava nas entidades coletivas, grupos ou instituições. Seu objeto de investigação é a ação social, a conduta humana dotada de sentido, isto é, de uma justificativa subjetivamente elaborada. Assim, o homem passou a ter, enquanto indivíduo, na teoria weberiana, significado e especificidade dando sentido à sua ação social.
Uma
crítica de Weber aos positivistas, entre os quais se encontrariam
Comte e Durkheim, deve-se ao fato de que eles pretendiam fazer da
Sociologia uma ciência positiva, isto é, baseada nos mesmos métodos
de investigação das ciências naturais. Segundo Weber, as ciências
naturais conseguiriam explicar aquilo que estudam ( a natureza) em
termos de descobrir e revelar relações causais diretas e
exclusivas, que permitiriam a formulação de leis de funcionamento
de seus eventos, como as leis químicas e físicas que explicam o
fenômeno da chuva. Mas a ciência social não poderia fazer
exatamente o mesmo. Segundo Weber, não haveria como garantir que uma
ação ou fenômeno social ocorrerá sempre de determinada forma,
como resposta direta a esta ou aquela causa exclusiva. No caso das
Ciências Humanas, isso ocorre porque o ser humano possui
“subjetividade”, que aparece na sua ação na forma de valores,
motivações, intenções, interesses e expectativas.
Embora
esses elementos que compõem a subjetividade humana sejam produtos
culturais, quer dizer, produtos comuns acolhidos e assumidos
coletivamente pelos membros da sociedade, ou do grupo, ainda assim se
vê que os indivíduos vivenciam esses valores, motivações e
expectativas de modos particulares. Às vezes com aceitação e
reprodução dos valores e normas propostas pela cultura comum do
grupo; outras vezes, com questionamentos e reelaboração dessas
indicações e até rejeição das mesmas.
Decorre
dessa característica (de certa autonomia, criatividade e
inventividade do ser humano diante das obrigações e
constrangimentos da sociedade) a dificuldade de se definir leis de
funcionamento da ação social que sejam definitivas e precisas.
Por
isso, o que a Sociologia poderia fazer, seria desenvolver
procedimentos de investigação que permitissem verificar que
conjunto de “motivações”, valores e expectativas
compartilhadas, estaria orientando a ação dos indivíduos
envolvidos no fenômeno que se quer compreender, como uma eleição,
por exemplo. Seria possível sim, prever, com algum acerto, como as
pessoas votarão numa eleição, pesquisando sua “subjetividade”,
ou seja, levantando qual é, naquela ocasião dada, o conjunto de
valores, motivações, intenções e expectativas compartilhadas pelo
grupo de eleitores em foco, e que servirão para orientar sua escolha
eleitoral.
Esses
pressupostos estão por detrás das conhecidas “pesquisas de
intenção de voto”, bastante frequentes em vésperas de eleições.
Vamos
tentar ver isso na prática...
Segundo
Weber, as pessoas podem atuar, em geral, mesclando quatro tipos
básicos de ação social. São eles:
1ª)
A ação racional com relação a fins: age para obter um fim
objetivo previamente definido. E para tanto, seleciona e faz uso dos
meios necessários e mais adequados do ponto de vista da avaliação.
O que se destaca, aqui, é o esforço em adequar, racionalmente, os
fins e os meios de atingir o objetivo.
Agora,
“dando um tempo” nas teorias, veja o que Weber pensa sobre a
política: ele nos fala no livro Ciência e Política – Duas
vocações (2002), que há dois tipos de políticos que por nós são
eleitos. Acompanhe:
a)
Os políticos que exercem essa profissão por vocação, ou seja, os
que têm o poder como meta para trabalhar arduamente em prol da
sociedade que os elegeu. Podemos dizer, em concordância com Weber,
que estes são os que vivem para a política.
b)
E os que são políticos sem vocação, ou seja, que olham para a
política como se fosse um “emprego” apenas. São aqueles que,
uma vez eleitos, geralmente se esquecem dos compromissos sociais que
assumiram, pouco fazem pelo social, trabalham apenas para manter-se
no poder a fim de continuar ganhando o salário. Weber diz que estes
são os que vivem da política.
Bem.
Fechados os parênteses teóricos, voltemos aos demais tipos de ação.
2ª)
A ação racional com relação a valores, ocorreria porque, muitas
vezes, os fins últimos de ação respondem a convicções, ao apego
fiel a certos valores (honra, justiça, honestidade...). Neste tipo,
o sentido da ação está inscrito na própria conduta, nos valores
que a motivaram e não na busca de algum resultado previa e
racionalmente proposto.
3ª)
Ação afetiva, a pessoa age pelo afeto que possui por alguém ou
algo.
4ª)
A ação social tradicional é um tipo de ação que nos leva a
pensar na existência de um costume.
Agora,
entendendo a sociedade por Weber...
Muito
bem. A ideia de Weber para se entender a sociedade é a seguinte:
se quisermos compreender a instituição igreja, por exemplo, vamos
ter que olhar os indivíduos que a compõem e suas ações.
Provavelmente haverá um grupo significativo de pessoas que agem do
mesmo modo, quer dizer, partilhando valores, desejos e expectativas
quanto à religião, o que resultaria no que Weber chama de relação
social.
A
existência da relação social dos indivíduos, ou seja, uma
combinação de ações que se orientam para objetivos parecidos, é
que faz compreender o ‘porquê’ da existência do todo. É assim
que, as normas, as leis e as instituições são formas de relações
sociais duráveis e consolidadas.
Os
tipos de ação, para Weber, sempre serão construções do
pensamento, isto é, suposições teóricas baseadas no conhecimento
acumulado, que o sociólogo fará para se aproximar ao máximo
daquilo que seria a ação real do indivíduo nas circunstâncias ou
no grupo em que vive. Com esse instrumento, o sociólogo pode
avaliar, na análise de um fenômeno, o que se repete, com que
intensidade, e o que é novo ou singular, comparando-o com outros
casos parecidos, já conhecidos e resumidos numa tipologia.
OBS: uma ação orientada por fenômeno da natureza não é social.
No livro "Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo" Weber relaciona o papel do protestantismo na formação do comportamento típico do capitalismo ocidental moderno. Weber descobre que os valores do protestantismo - como as práticas de devoção e penitência, a poupança, a severidade, a rigidez, a vocação, o dever e a propensão ao trabalho - aluavam de maneira decisiva sobre os indivíduos. Weber mostra a formação de uma nova mentalidade, dos novos valores éticos instituídos com o capitalismo, em oposição ao despojamento da vida material e à atitude contemplativa do catolicismo, voltados para a oração, sacrifício e renúncia da vida prática.
Uma
contribuição relevante de Weber, neste caso, é demonstrar que a
montagem do modo de produção capitalista, no ocidente europeu,
principalmente, contou com a existência, em alguns países, de uma
‘pauta’ de valores de fundo religioso que ajudou a criar entre
certos indivíduos, predisposições morais e motivações para se
envolverem na produção e no comércio de tipo capitalista.
Na
crença dos calvinistas, os homens já nasceriam predestinados à
salvação ou ao inferno, embora não pudessem saber, exatamente, seu
destino particular. Assim sendo, e para fugir da acusação de
pecadores e desmerecedores do melhor destino, dedicavam-se a
glorificar Deus por meio do trabalho e da busca do sucesso na
profissão.
Com
o passar dos tempos, essa ideia de que a predestinação e o sucesso
profissional seriam indícios de salvação da alma foi perdendo
força. Mas o interessante é que a ética estimuladora do trabalho
disciplinado e da busca do sucesso nos negócios ganhou certa
autonomia e continuou a existir independente da motivação
religiosa.
Para
Weber, ser capitalista é sinônimo de ser disciplinado no que se
faz. Seria da grande dedicação ao trabalho que resultaria o sucesso
e o enriquecimento. Herança da ética protestante, válida também
para os trabalhadores.
Mas
por que os católicos e as outras religiões orientais não tiveram
parte nesta construção capitalista analisada por Weber?
Porque
a ética católica privilegiava o discurso da pobreza, reprovando a
pura busca do lucro e da usura e não viam o sucesso no trabalho como
indícios de salvação e nem como forma de glorificar a Deus, como
faziam os calvinistas. Assim sendo, sem motivos divinos para
dedicarem-se tanto ao trabalho, não fizeram parte da lista weberiana
dos primeiros capitalistas.
Quanto
às religiões do mundo oriental, a explicação seria de que essas
tinham uma imagem de Deus como sendo parte do mundo secular, ao
contrário da ética protestante ocidental que o concebia como
estando fora do mundo e puro. Assim sendo, os orientais valorizavam o
mundo, pois Deus estaria nele. O Budismo e o Confucionismo são
exemplos do que falamos. E daí a ideia e a prática de não se viver
apenas para o trabalho, mas sim de poder aproveitar tudo o que se
ganha pelo trabalho com as coisas desta vida.
Em
relação ao mundo moderno (científico), Weber demonstrava um certo
pessimismo e não encontrava saída para os problemas culturais que
nele surgiam, assim como para a “prisão” na qual o homem se
encontrava por causa do sistema capitalista.
Antes
da sociedade moderna, a religião era o que motivava a vida das
pessoas e dava sentido para suas ações, inclusive ao trabalho. Mas
com o pensamento científico tomando espaço como referencial de
mundo, certos apegos culturais – crenças, formas de agir –
vindos da religiosidade foram confrontados. O problema que Weber via
era que a ciência não poderia ocupar por completo o lugar que a
religião tinha ao dar sentido ao mundo.
Se,
em contextos históricos anteriores, o trabalho poderia ser motivado
pela religião, como foi explicado anteriormente, e agora não é
mais, devido à racionalização do mundo, por que, então, o homem
se prende tanto ao trabalho?
Porque
o sistema capitalista – da produção industrial em série e da
exploração da mão-de-obra – deixou o homem ocidental sem uma
“válvula de escape”. Preso, agora ele vive do e para o trabalho.
Dominação
As formas básicas de legitimação justificam-se com base em distintas fontes de autoridade: Tradicional: "a da ordem eterno". Isto é, o domínio tradicional exercido pelo patriarca e pelo príncipe patrimonial de outrora(...)
Carismática: a do dom da graça extraordinário e pessoal, a dedicação absolutamente pessoal e a confiança pessoal na revelação, heroísmo... é o domínio carismático exercido pelo profeta ou - no campo da política - pelo senhor da guerra eleito...
Legalidade, em virtude da fé na validade do estatuto legal e da competência funcional, baseada em regras racionalmente criadas. É o domínio exercido pelo moderno servidor do Estado e por todos os portadores do poder que, sob este aspecto, a ele se assemelham.
KARL
KARL
Karl
Marx
Seguindo
para mais um clássico da Sociologia: A crítica da sociedade
capitalista.
Vamos
falar agora de quem também viu a consolidação da sociedade
capitalista e fez uma forte crítica a ela. O alemão, filósofo e
economista Karl Marx (1818–1883), foi um dos responsáveis, se não
o maior deles, em promover uma discussão crítica da sociedade
capitalista que se consolidava, bem como da origem dos problemas
sociais que este tipo de organização social originou.
•As forças produtivas constituem as condições materiais de toda a produção: (matérias-primas, instrumentos como ferramentas ou máquinas) homem, principal elemento das forças produtivas, é o responsável por fazer a ligação entre a natureza e a técnica e os Instrumentos. •As relações sociais de produção são as formas pelas quais os homens se organizam para executar a atividade produtiva. Assim, as relações de produção podem ser, num determinado momento, cooperativistas (como num mutirão), escravistas (como na Antiguidade), servis (como na Europa feudal), ou capitalistas (como na Indústria moderna).
Para
ele “a história de todas as sociedades tem sido a história da
luta de classes”.
Nas
sociedades de tipo capitalista a forma principal de conflito ocorre
entre suas duas classes sociais fundamentais: a burguesia versus o
proletariado.
Segundo
Marx, a burguesia foi tendo acesso, a partir da atividade comercial à
posse dos meios de produção, enriqueceu e também passou a fazer
parte daqueles que controlavam o aparelho estatal. Com esse acesso ao
poder do aparelho estatal, a burguesia foi capaz de usar sua
influência sobre ele para ir criando leis que protegessem a
propriedade privada (particular), condição indispensável para sua
sobrevivência, além de usar o Estado para facilitar a difusão de
sua ideologia de classe, isto é, os seus valores de interpretação
do mundo.
Enquanto
isso, a classe assalariada (os proletários), sem os meios de
produção e em desvantagem na capacidade de influência política na
sociedade, transforma-se em parte fundamental no enriquecimento da
burguesia, pois oferecia mão-de-obra para as fábricas, (as novas
unidades de produção do mundo moderno).
Marx
se empenhava em produzir escritos que ajudassem a classe proletária
a organizar-se e assim sair de sua condição de alienação.
Alienado,
segundo Marx, seria o homem que não tem controle sobre o seu próprio
trabalho, em termos de tempo e em termos daquilo que é produzido,
coisa que o capitalismo faz em larga escala, pois o tempo do
trabalhador e o produto (a mercadoria) pertencem à burguesia, bem
como a maior parte da riqueza gerada por meio do trabalho.
Ideologia
Segundo Marx e Engels: o termo se encaixa na tradução de “falsa
consciência”, ou seja, um conjunto de ideias falsas que
justificavam o domínio burguês e camuflava a existência da
dominação desta classe sobre a classe trabalhadora.
Socialismo
segundo Marx e Engels: Pressupõe uma sociedade na qual os meios de
produção pertençam a todos os seus membros. Para tal, o sistema
capitalista deveria ser superado, deixando de existir a propriedade
privada e passando a existir a “propriedade estatal”.
Falando
em lucro...
O
objetivo do sistema capitalista, como modo de produção, é
justamente a ampliação e a acumulação de riquezas nas mãos dos
proprietários dos meios de produção. Mas de onde sai essa riqueza?
Marx diria que é do trabalho do trabalhador.
Esse
“”lucro”” Marx chama de mais-valia, pois é um excedente que
sai da força de cada trabalhador.
Então
podemos dizer que o trabalhador está sendo roubado? Não podemos
dizer isso, pois o que aqui exemplificamos é consequência da
existência da propriedade privada e de os meios de produção nas
mãos de uma classe, a burguesia.
Para
entender a sociedade, por Marx devemos partir do entendimento de que
as coisas materiais fazem a sociedade acontecer. De outra maneira,
seria dizer que tudo o que acontece na sociedade tem ligação com a
economia e que ela se transforma na mesma medida em que as formas de
produção também se transformam. Por exemplo, com a consolidação
do sistema capitalista, toda a sociedade teve que organizar-se de
acordo com os novos moldes econômicos.
Marx
também via o homem como aquele que pode transformar a sociedade
fazendo sua história, mas enfatiza que nem sempre ele o faz como
deseja, pois as heranças da estrutura social influenciam-no. Assim
sendo, não é unicamente o homem quem faz a história da sociedade,
pois a história da sociedade também constrói o homem, numa relação
recíproca.
As
condições em que se encontram a sociedade vão dizer até que ponto
o homem pode construir a sua história. Por essa lógica podemos
pensar que a classe dominante, a burguesia, tem maiores oportunidades
de fazer sua história como deseja, pois tem o poder econômico e
político nas mãos, ao contrário da classe proletária que, por
causa da estrutura social, está desprovida de meios para tal
transformação. Para modificar essa situação somente por
intermédio de uma revolução, pois assim a classe trabalhadora pode
assumir o controle dos meios de produção e tomar o poder político
e econômico da burguesia.
Para
Marx, a classe trabalhadora deveria organizar-se politicamente, isto
é, conscientizar-se de sua condição de explorada e dominada por
meio do trabalho e transformar a sociedade capitalista em socialista
por intermédio da revolução.
A ideia de alienação
Econômica(dupla): a industrialização, a propriedade privada e o assalariamento separavam o trabalhador dos meios de produção ferramentas, matéria-prima, terra e máquina -, que se tornaram propriedade privada do capitalista. Separava também, ou alienava, o trabalhador do fruto do seu trabalho, que também é apropriado pelo capitalista. Política: o principio da representatividade, base do liberalismo, criou a idéia de Estado como um órgão político imparcial, capaz de representar toda a sociedade e dirigi-la pelo poder delegado pêlos indivíduos. Marx mostrou, entretanto, que na sociedade de classes esse Estado é uma superestrutura política e jurídica a serviço da classe dominante, Isto é, age conforme seus interesses.
O Poder
Segundo Georg W. F. Hegel (1770 -1831), o que leva o ser humano a desejar o poder não é apenas a vontade de dominar os outros homens , mas também a vontade de ser amado e reconhecido. Hegel, em seu livro Fenomenologia do Espirito, nos ensina que o homem só se torna realmente humano quando, além de satisfazer os desejos puramente animalescos - como comer e beber -, lança-se à luta Dela conquista do poder.
O animal tem por preocupação máxima a sobrevivência biológica; o homem, para conquistar a liberdade (para não viver escravizado) luta pelo poder e coloca a sua vida biológica em risco.
A condição humana pressupõe dominar e ser reconhecido como dominador. A luta pelo poder tem sido, de uma forma ou de outra , a mola propulsora da história das civilizações. A história dos povos é determinada pêlos grupos, pelas classes, pelos partidos, pelas personalidades que exerceram o poder. Assim, a posse do poder possibilita maior liberdade de agir sobre outras pessoas. Importante dizer aqui que o poder não nos é dado gratuitamente: ele tem de ser conquistado. E após a sua conquista, a luta continua para que ele seja mantido. Toda sociedade abriga interesses diversos e nela há governantes (que jamais renunciam ao poder espontaneamente) e governados (entre eles, muitos lutam para assumir o poder). Por decorrência, a luta pelo poder sempre existirá, A luta pela conquista do poder nos tem levado, ao longo da história, as duas dimensões do ser humano: a animalidade (quando há violência) e a racionalidade (quando a conquista se dá por meios pacíficos). Quando há violência na luta pelo poder, o homem se equipara aos animais que se entredevoram para continuar sobrevivendo. Os assassinatos, as revoluções, os golpes de estado, as guerras (internas e externas) têm constantemente manchado de sangue as páginas da história da humanidade. A dimensão racional do ser humano se coloca em evidência nos processos pacíficos da luta pelo poder. Se até se pode justificar a necessidade de exercer a autoridade, colocando as tropas na uma para que se mantenha a ordem social, não é essa a condição para que o poder seja duradouro. Muito mais importante que a força física e violenta , para haver poder - poder legitimo - há necessidade de consentimento. A luta sem violência para conquista do poder ocorre nos regimes livres - democráticos -, em que todos os homens, em princípio , são considerados iguais e, portanto, todos têm condições de participar do exercício do poder. Apesar as deficiências que possam apresentar, as eleições são o processo mais racional de luta pacifica pela conquista do poder. Pressupondo a liberdade da defesa de ideais, do debate, da critica, da oposição ... as eleições excluem a violência. Pela manifestação livre da vontade do povo, o voto assegura a legitimidade do poder. Pelas eleições, num regime democrático, o poder político: Â Não é usurpado, mas consentido; Â Não é herdado nem vitalício, pois é exercido por representantes da maioria por um tempo determinado; Â Por emanar do povo em geral, não é privilégio de poucas pessoas (de um grupo ou de uma classe), pois todos os setores da sociedade têm o direito de candidatar-se a ele; Â É transparente, porque as informações sobre as decisões governamentais devem circular livremente; Â E legitimo, pois existem leis que o asseguram.
DO PODER PARA CONSEGUIR OS EFEITOS DESEJADOS, DESTACAMOS TRÊS FORMAS DE PODER; ECONÓMICO, IDEOLÓGICO E O POLÍTICO.
O Poder
Segundo Georg W. F. Hegel (1770 -1831), o que leva o ser humano a desejar o poder não é apenas a vontade de dominar os outros homens , mas também a vontade de ser amado e reconhecido. Hegel, em seu livro Fenomenologia do Espirito, nos ensina que o homem só se torna realmente humano quando, além de satisfazer os desejos puramente animalescos - como comer e beber -, lança-se à luta Dela conquista do poder.
O animal tem por preocupação máxima a sobrevivência biológica; o homem, para conquistar a liberdade (para não viver escravizado) luta pelo poder e coloca a sua vida biológica em risco.
A condição humana pressupõe dominar e ser reconhecido como dominador. A luta pelo poder tem sido, de uma forma ou de outra , a mola propulsora da história das civilizações. A história dos povos é determinada pêlos grupos, pelas classes, pelos partidos, pelas personalidades que exerceram o poder. Assim, a posse do poder possibilita maior liberdade de agir sobre outras pessoas. Importante dizer aqui que o poder não nos é dado gratuitamente: ele tem de ser conquistado. E após a sua conquista, a luta continua para que ele seja mantido. Toda sociedade abriga interesses diversos e nela há governantes (que jamais renunciam ao poder espontaneamente) e governados (entre eles, muitos lutam para assumir o poder). Por decorrência, a luta pelo poder sempre existirá, A luta pela conquista do poder nos tem levado, ao longo da história, as duas dimensões do ser humano: a animalidade (quando há violência) e a racionalidade (quando a conquista se dá por meios pacíficos). Quando há violência na luta pelo poder, o homem se equipara aos animais que se entredevoram para continuar sobrevivendo. Os assassinatos, as revoluções, os golpes de estado, as guerras (internas e externas) têm constantemente manchado de sangue as páginas da história da humanidade. A dimensão racional do ser humano se coloca em evidência nos processos pacíficos da luta pelo poder. Se até se pode justificar a necessidade de exercer a autoridade, colocando as tropas na uma para que se mantenha a ordem social, não é essa a condição para que o poder seja duradouro. Muito mais importante que a força física e violenta , para haver poder - poder legitimo - há necessidade de consentimento. A luta sem violência para conquista do poder ocorre nos regimes livres - democráticos -, em que todos os homens, em princípio , são considerados iguais e, portanto, todos têm condições de participar do exercício do poder. Apesar as deficiências que possam apresentar, as eleições são o processo mais racional de luta pacifica pela conquista do poder. Pressupondo a liberdade da defesa de ideais, do debate, da critica, da oposição ... as eleições excluem a violência. Pela manifestação livre da vontade do povo, o voto assegura a legitimidade do poder. Pelas eleições, num regime democrático, o poder político: Â Não é usurpado, mas consentido; Â Não é herdado nem vitalício, pois é exercido por representantes da maioria por um tempo determinado; Â Por emanar do povo em geral, não é privilégio de poucas pessoas (de um grupo ou de uma classe), pois todos os setores da sociedade têm o direito de candidatar-se a ele; Â É transparente, porque as informações sobre as decisões governamentais devem circular livremente; Â E legitimo, pois existem leis que o asseguram.
DO PODER PARA CONSEGUIR OS EFEITOS DESEJADOS, DESTACAMOS TRÊS FORMAS DE PODER; ECONÓMICO, IDEOLÓGICO E O POLÍTICO.
1. Econômico - Utiliza a posse de certos bens socialmente necessários para induzir aqueles que não os possuem adotar determinados comportamentos, como, por exemplo, realizar determinado trabalho. Esse poder preocupa-se em garantir o domínio da riqueza controlando a organização das forças produtivas (por exemplo: o tipo de produção e o alcance de consumo das mercadorias). 2. Ideológico - Utiliza a posse de certas idéias, valores, doutrinas para influenciar a conduta alheia, induzindo as pessoas a determinados modos de pensar e agir. Ainda preocupa-se em garantir o domínio sobre o saber controlando a organização do consenso social (por exemplo: os meios de comunicação de massa - televisão, jornais, rádios, revistas, ete). 3. Político - Utiliza a posse dos meios de coerção social, isto é, o uso da força física considerada legal ou autorizada pelo direito vigente na sociedade. Preocupa-se em garantir o domínio da força Institucional e jurídica controlando os instrumentos de coerção social (por exemplo: forças armadas, órgãos de fiscalização, policia, tribunais, etc.)
"Como poder cujo meio específico é a força, de longe o meio mais eficaz para condicionar os comportamentos, o poder política é, em toda a sociedade de desiguais, o poder supremo, ou seja, o poder ao qual todos os demais estão de algum modo subordinados." BOBBIO, Noberto.
"O que têm em comum essas três formas de poder é que elas contribuem conjuntamente para instituir e manter sociedades de desiguais divididas em fortes e fracos, com base no poder político, em ricos e pobres, com bases no poder econômico; em sábios e Ignorantes, com base no poder ideológico." BOBBIO, Norberto.
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