Crise Hídrica em São Paulo


Um pequeno post para destacar alguns conceitos acerca da crise que atingiu São Paulo há pouco tempo:
A metrópole de São Paulo está inserida na área drenada pelo rio Tietê que, por sua vez, pertence à bacia hidrográfica do Paraná. A região apresenta elevados índices pluviométricos no verão, uma vez que se localiza em clima tropical de altitude. As causas da crise hídrica na região metropolitana de São Paulo são: seca excessiva nos últimos anos, investimentos insuficientes em novos reservatórios com grande dependência do sistema Cantareira, extensa cobertura asfáltica e de concreto na cidade impedindo a infiltração da água, má gestão em empresas públicas como a Sabesp, desperdício de água pelas empresas de abastecimento e consumidores, ocupação de áreas de proteção de mananciais pela urbanização desordenada e poluição dos recursos hídricos (esgotos domésticos, lixo e resíduos industriais) na maioria dos rios da região metropolitana. Resumindo,  a crise hídrica (2014/15) foi resultado da seca excessiva, investimentos insuficientes em reservatórios e falta de planejamento governamental.
A crise vivida por São Paulo nos últimos anos não é surpreendente visto que algo similar aconteceu há uma década e meia atrás, sendo várias vezes posto a questão de medida governamentais que deviam ser feitas para evitar uma crise pior do que a que eles estavam vivendo naquele momento. Portanto, problema da água resultou da ausência de políticas publicas preventivas frente às condições que se mostravam como agravantes para a escassez. As condições climáticas constituem uma variável que poderia ser considerada, mas não como a causa da crise, já que era previsto que ela podia acontecer e nada foi feito.
O regime de um rio está relacionado à variação do nível de suas águas. Os rios brasileiros possuem regime pluvial, isto é, são alimentados pelas chuvas. Apresentam cheias e vazantes de acordo com as regiões climáticas em que estão situados. A maioria dos rios que formam a Bacia do Paraná apresentam algum comprometimento na qualidade das águas, além disso, a demanda hídrica é maior que a oferta de água. Ocorre também o excesso de poluição industrial e residencial, sendo adequado que se invista em mecanismos de reciclagem e reutilização de água utilizada pelas indústrias, bem como implementar obras de saneamento básico e construir estações de tratamento de esgotos.
O ciclo hidrológico, em condições naturais, pode ser considerado um sistema em equilíbrio, porém, com a crescente urbanização das bacias hidrográficas percebem-se alterações que promovem modificações na dinâmica do ciclo da água. Em áreas urbanizadas, fatores como a impermeabilização do solo, a canalização de cursos fluviais e a remoção da vegetação, desencadeiam ou agravam os processos de erosão e de inundações, pondo em risco o balanço hídrico.

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