Fontes de Energia



Primeiro de tudo, é importante falar sobre um conceito essencial, matriz energética. Ela é caracterizada por ser toda energia disponibilizada para ser transformada, distribuída e consumida nos processos produtivos. O Brasil é um país rico em matriz energética renovável, como as hidrelétricas, porém, ela não é isenta de impactos ambientais, e correspondem à maior porcentagem da matriz energética brasileira em razão da presença de rios caudalosos e planálticos, sendo a Bacia do Paraná, atualmente, a que possui a maior capacidade aproveitável de energia elétrica (embora a Bacia do Paraná não tenha o maior potencial hídrico comparado à Bacia Amazônica, esta última não possui um grande potencial energético, devido ao relevo predominante de planícies, por restrições ambientais e pela distância dos centros consumidores).

Outros países possuem outras matrizes energéticas principais, tais como os Estados Unidos e Canadá que se destacam no consumo de petróleo e gás natural (obs: nos Estados Unidos, há também uma produção de energia renovável provindo do etanol de milho, porém, a quantidade produzia é inferior ao etanol da cana-de-açúcar que o Brasil produz); Rússia se destaca no consumo de gás natural e carvão mineral; França e Espanha se destacam no consumo de petróleo e energia eólica (OBS: cerca de 70% da energia elétrica francesa provém das termonucleares, que não é considerava uma fonte de energia renovável); China se destaca no consumo de carvão mineral e petróleo, embora ela tenha grande produção de petróleo, em razão de sua elevada produção industrial, sua demanda gera deficit do produto o que a leva a importar o recurso. Como a maior parte do consumo da China vem da produção de carvão mineral, os níveis totais de emissões chinesas de gases de estufa superarem largamente os dos EUA, que vem longo em seguida no ranking de países mais poluidores. 

As novas hidrelétricas construídas no Brasil não possuem reservatórios volumosos. São as chamadas usinas “a fio d’água”, que têm como ponto positivo a redução do impacto ambiental, mas têm redução de produção de energia durante os meses de estiagem. No Brasil, o maior exemplo de hidrelétrica a fio d’água, na atualidade, é Belo Monte, no rio Xingu, o que possui grandes variações em sua capacidade de produção entre a estação das cheias e a das vazantes. Quando Belo Monte estava em construção, muita polêmica acerca dela foi surgido, fazendo também aparecer argumentos a favor, tal como a captação de investimentos, e contrários, como, por exemplo, a expropriação de posseiros pobres.

Mesmo a matriz energética predominante do Brasil ser as hidrelétricas, ainda há a produção de outras matrizes, como as termelétricas, que são mais onerosas e são utilizadas em regiões não atendidas pelo sistema hidrelétrico ou como forma de complementação às hidrelétricas em face, por exemplo, à redução do reservatório de água das usinas. As termoelétricas podem tanto ser movidas à combustíveis fósseis e ou as chamadas termonucleares, que funcionam a base de urânio enriquecido. Como essa geração de energia é mais cara, os custos serão repassados ao consumidor final. Ainda que os combustíveis fósseis tenham importante participação na matriz energética brasileira, o país apresenta relativo equilíbrio no uso de fontes renováveis e não renováveis de energia. 

Frente às crises constantes na produção e comercialização do petróleo, a procura por novas fontes de energias renováveis, surgiu como alternativa para superar a demanda por combustíveis fósseis, bem como para reduzir a poluição decorrente da emissão de poluentes. Neste sentido, observa-se que a criação de políticas governamentais no Brasil, voltadas para a produção e comercialização de biocombustíveis, tornou o etanol e o biodiesel a segunda maior fonte de energia automotiva. A partir da crise do petróleo na década de 1970, o Brasil tomou iniciativas para diversificar suas fontes de energia. Assim, foi criado o Proálcool, programa que desenvolveu o etanol, o biocombustível renovável de cana-de-açúcar. Na década de 2000, com o aprofundamento da preocupação com o meio ambiente e por razões econômicas, foi desenvolvido o programa de biodiesel, biocombustível substituto do diesel convencional e produzido a partir de óleos vegetais como soja, girassol, babaçu, dendê e mamona.  

Falando em outros fontes de energia, o Rio Grande do Sul é o principal produtor de carvão mineral do Brasil. As reservas estão localizadas na Bacia Sedimentar do Paraná em rochas da Era Paleozoica. A produção se concentra em Candiota. O carvão (tipo hulha) é utilizado em termelétricas e na siderurgia. Outra fonte de energia são as biomassas, isto é, materiais de origem orgânica que, geralmente, são desperdiçados em processos industriais. Ela pode ser aproveitada para produzir tanto calor como eletricidade. O biogás obtido na decomposição do lixo orgânico é um exemplo de biomassa que pode ser utilizado na produção de energia. 

Um detalhe que é importante destaque é que o setor que mais consome no Brasil água é o agropecuário, porém, o que mais consome energia é o industrial. 

Leia mais sobre os tipos de Energia, produção e tipos de usinas na publicação já feita pelo site: Tipos de Energia

Comentários